Apesar de muitos portugueses ainda não saberem bem onde fica o Sahara Ocidental nem o que por lá se passa , há muito tempo que estão familiarizados com os incríveis feitos dos seus antepassados que se se fizeram ao mar e foram um exemplo de bravura que subsiste até aos nossos dias.
É este grande feito histórico que nos dá ânimo quando falta a criatividade para incentivar o povo lusitano a reagir às dificuldades que lhe vão aparecendo pelo caminho.
O Gil Eanes em 1434 cheio de pujança e certamente com alguma força de vontade e até secalhar com uma pontinha de criatividade e mais uns amigos e companheiros de embarcação conseguiu passar pela primeira vez o Cabo Bojador e abrir caminho para a navegação e achamento do resto de África além Cabo.
Assim sendo entrou para sempre na história do Sahara Ocidental e o seu nome até aparece numa placa do Museu Nacional Saharaui.
Este museu localiza-se num acampamento de refugiados no sul da Argélia e muitas das pessoas que aí vivem estão relativamente perto do Cabo Bojador e não seria muito difícil irem até lá se não tivessem que tentar obter um visto com muita dificuldade e apanhar um avião para a Argélia ou Mauritânia ou Espanha e daí para o território ocupado pelos marroquinos onde se localiza o Cabo Bojador e no caso de não conseguirem, só lhes resta tentar passar por um campo minado e depois um muro e uns tantos marroquinos armados e é melhor que não se pague para ir ver o Cabo porque são pessoas que vivem de ajuda humanitária e não costumam andar com muito dinheiro.
Se o Fernando Pessoa fosse vivo e fizesse parte da população saharaui que vive nos campos de refugiados poderia ter reinventado o poema Mar Português e chamar-lhe o seguinte na sua Mensagem:
Joana S. | |
Pelas palavras com que sempre nos brindou, tenho a certeza de que Fernando Pessoa não ficaria indiferente a esta causa.
ResponderEliminarPara mim era um poeta com o coração nas mãos.