Nome: Ali-Salem Tamek
País: Marrocos
Profissão: Activista Independente Sahrawi e sindicalista
Idade: 34 anos
Outros pormenores pessoais: 1 filha, casado. Ali-Salem Tamek tem uma experiência pouco invejável como defensor de direitos humanos. Desde 1992, o activista da comunidade Sahrawi e antigo prisioneiro de consciência foi detido cinco vezes. Durante estas detenções, afirma ter feito 22 greves da fome. Mas com as violações de direitos humanos a continuar no oeste do Sahara, o seu trabalho e o de outros defensores de direitos humanos está longe de ter acabado.
Ao falar com a AI descreveu a detenção recente de vários dos seus colegas na comunidade de direitos humanos do Sahrawi e os protestos que eles e outros prisioneiros políticos têm feito contestando os tratamentos pelas autoridades marroquinas na prisão. “Agora, há greves da fome a serem feitas”, disse ele.
A detenção é meramente uma arma na contínua campanha de perseguição e intimidação conduzida pelas autoridades marroquinas contra os defensores de direitos humanos Sahrawis e outras vozes dissidentes no oeste do Sahara. Desde a anexação controversa do território por Marrocos em 1975, muitos Sahrawis têm exigido o direito à autodeterminação. Entre meados dos anos setenta e princípios dos anos noventa, quem se manifestasse desta forma em público, ou ousasse expor violações de direitos humanos perpetradas pelo governo, colocava-se em risco de desaparecer. A situação tem melhorado significativamente desde então, mas estes indivíduos continuam a ser perseguidos, geralmente através do sistema jurídico.
Ali-Salem Tamek sabe melhor do que ninguém a que extremos as autoridades vão para acabar com a dissidência. Ele foi preso várias vezes, foi torturado enquanto estava em detenção, e foi admitido de forma forçada num hospital psiquiátrico, “injectado com uma substância” que lhe causou “sintomas estranhos no (meu) corpo”. A família dele também tem sido alvo de abusos.
“A minha família tem sofrido intimidações para fazerem declarações públicas denunciando-me como um filho mal-agradecido e desonrarem-me devido às minhas opiniões políticas e de direitos humanos”, disse ele. “Os serviços secretos de Marrocos tentaram recrutar a minha mulher para me espiar a mim e aos meus amigos. Quando ela recusou, foi raptada perto da prisão enquanto acompanhava a minha filha. Foi violada.”
Estes desafios, admite Ali-Salem Tamek, são desoladores e extremamente perturbadores. “É difícil resistir a certas acções que nos magoam profundamente, como o crime de violação que a minha mulher sofreu…. Este incidente está gravado na minha memória. Fiquei chocado quando soube da notícia. Quando voltava a contar os pormenores deste problema, tinha dificuldades em continuar.”
Ali-Salem Tamek continua a ser um crítico sem reservas sobre a história de direitos humanos no oeste do Sahara. O seu último período na prisão durou cerca de nove meses, acabando em Abril de 2006, quando lhe foi concedido um perdão real. Tinha sido condenado a 10 meses de prisão após um julgamento injusto, acusado de incitar protestos violentos, entre outras acusações. Ao longo destes anos, a AI tem seguido o seu caso, enviando apelos mundiais (Dezembro de 2002 e Informações adicionais em Junho e Julho de 2006) e outras acções em seu favor.
Para ele, este apoio é vital. A AI tem tido um papel crucial, diz ele, “em remediar parte da injustiça que tem sido infligida sobre os Sahrawis pelo Estado marroquino… Acredito que a AI deveria continuar estas campanhas de forma vigorosa, porque estas contribuíram substancialmente para a redução destas violações graves.”
No entanto, tal impacto só poderá ser possível graças à coragem e empenho de defensores de direitos humanos como o Ali-Salem Tamek.
País: Marrocos
Profissão: Activista Independente Sahrawi e sindicalista
Idade: 34 anos
Outros pormenores pessoais: 1 filha, casado. Ali-Salem Tamek tem uma experiência pouco invejável como defensor de direitos humanos. Desde 1992, o activista da comunidade Sahrawi e antigo prisioneiro de consciência foi detido cinco vezes. Durante estas detenções, afirma ter feito 22 greves da fome. Mas com as violações de direitos humanos a continuar no oeste do Sahara, o seu trabalho e o de outros defensores de direitos humanos está longe de ter acabado.
Ao falar com a AI descreveu a detenção recente de vários dos seus colegas na comunidade de direitos humanos do Sahrawi e os protestos que eles e outros prisioneiros políticos têm feito contestando os tratamentos pelas autoridades marroquinas na prisão. “Agora, há greves da fome a serem feitas”, disse ele.
A detenção é meramente uma arma na contínua campanha de perseguição e intimidação conduzida pelas autoridades marroquinas contra os defensores de direitos humanos Sahrawis e outras vozes dissidentes no oeste do Sahara. Desde a anexação controversa do território por Marrocos em 1975, muitos Sahrawis têm exigido o direito à autodeterminação. Entre meados dos anos setenta e princípios dos anos noventa, quem se manifestasse desta forma em público, ou ousasse expor violações de direitos humanos perpetradas pelo governo, colocava-se em risco de desaparecer. A situação tem melhorado significativamente desde então, mas estes indivíduos continuam a ser perseguidos, geralmente através do sistema jurídico.
Ali-Salem Tamek sabe melhor do que ninguém a que extremos as autoridades vão para acabar com a dissidência. Ele foi preso várias vezes, foi torturado enquanto estava em detenção, e foi admitido de forma forçada num hospital psiquiátrico, “injectado com uma substância” que lhe causou “sintomas estranhos no (meu) corpo”. A família dele também tem sido alvo de abusos.
“A minha família tem sofrido intimidações para fazerem declarações públicas denunciando-me como um filho mal-agradecido e desonrarem-me devido às minhas opiniões políticas e de direitos humanos”, disse ele. “Os serviços secretos de Marrocos tentaram recrutar a minha mulher para me espiar a mim e aos meus amigos. Quando ela recusou, foi raptada perto da prisão enquanto acompanhava a minha filha. Foi violada.”
Estes desafios, admite Ali-Salem Tamek, são desoladores e extremamente perturbadores. “É difícil resistir a certas acções que nos magoam profundamente, como o crime de violação que a minha mulher sofreu…. Este incidente está gravado na minha memória. Fiquei chocado quando soube da notícia. Quando voltava a contar os pormenores deste problema, tinha dificuldades em continuar.”
Ali-Salem Tamek continua a ser um crítico sem reservas sobre a história de direitos humanos no oeste do Sahara. O seu último período na prisão durou cerca de nove meses, acabando em Abril de 2006, quando lhe foi concedido um perdão real. Tinha sido condenado a 10 meses de prisão após um julgamento injusto, acusado de incitar protestos violentos, entre outras acusações. Ao longo destes anos, a AI tem seguido o seu caso, enviando apelos mundiais (Dezembro de 2002 e Informações adicionais em Junho e Julho de 2006) e outras acções em seu favor.
Para ele, este apoio é vital. A AI tem tido um papel crucial, diz ele, “em remediar parte da injustiça que tem sido infligida sobre os Sahrawis pelo Estado marroquino… Acredito que a AI deveria continuar estas campanhas de forma vigorosa, porque estas contribuíram substancialmente para a redução destas violações graves.”
No entanto, tal impacto só poderá ser possível graças à coragem e empenho de defensores de direitos humanos como o Ali-Salem Tamek.
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